sexta-feira, 8 de março de 2013

Tempos compostos

Boa tarde Professor Roberto



Achei essa questão da banca FCC e achei bem interessante apesar de assustadora já que nunca ouvi falar em pretérito mais que perfeito composto do indicativo. Isso é comum na banca?




Att.




Renata


Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta.

O verbo grifado na frase acima pode ser substituído, sem que se altere o sentido e a correção originais, e o modo verbal, por:

(A) escolheria.

(B) havia escolhido.

(C) houvera escolhido.

(D) escolhesse.

(E) teria escolhido.





Olá, Renata!



A questão é interessante, mas não chega a ser assustadora,rs.

Vimos que os verbos podem apresentar locuções verbais (dois verbos que equivalem a um só). Existe um tipo de locução verbal que apresenta sempre os mesmos verbos auxiliares (TER/HAVER) e o verbo principal sempre na mesma forma nominal (PARTICÍPIO), são os chamados TEMPOS COMPOSTOS.
Os tempos compostos têm uma particularidade que os difere das demais locuções verbais: recebem nomes similares aos dos tempos simples, esse nome é dado sempre pela forma simples do verbo auxiliar. Assim, o presente do indicativo do verbo TER mais qualquer outro verbo no particípio forma o PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO INDICATIVO, exemplo : TENHO ESTUDADO BASTANTE. O pretérito imperfeito dos verbos TER ou HAVER forma o PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO DO INDICATIVO, exemplo: QUANDO CHEGUEI, A AULA JÁ HAVIA/TINHA TERMINADO, daí a importância de se estudarem os tempos simples dos verbos.
Nem sempre é possível substituir a forma composta pela simples, pois, algumas vezes, não se equivalem semanticamente. Dizer TENHO ESTUDADO não é a mesma coisa de dizer ESTUDEI (forma simples do pretérito perfeito). Já HAVIA/TINHA TERMINADO é a mesma coisa que TERMINARA (forma simples do mais-que-perfeito). Por isso que ESCOLHERA e HAVIA ESCOLHIDO podem se intercambiar, sem que isso acarrete alteração semântica ou erro gramatical.

Forte abraço e bons estudos!

Prof. Roberto Alves

segunda-feira, 4 de março de 2013

Tonicidade silábica

Professor, boa noite!

Poderia, por favor, me ajudar com a questão abaixo? Eu não entendi o que
estão pedindo.

Grata, Jurema (aluna Degrau Taquara - projeto BB manhã).


Segundo os preceitos da gramática normativa do português do Brasil, a única
palavra dentre as citadas abaixo que NÃO deve ser pronunciada com o acento

tônico recaindo em posição idêntica àquela em que recai na palavra *avaro*
é:


- a) mister.


- b) filantropo.


- c) gratuito.


- d) maquinaria.


- e) ibero.

Olá, Jurema!



Em primeiro lugar, gostaria de me desculpar pela demora na resposta.



Em segundo lugar, agradecer pelo envio da bem construída questão de acentuação gráfica.



Desculpas e agradecimentos feitos, vamos à análise.



A questão trata da tonicidade silábica das palavras presentes nas opções. Para responder corretamente, é preciso saber qual a tonicidade silábica da palavra "avaro", cuja sílaba tônica é o VA, portanto paroxítona.



Assim, a única palavra que não é paroxítona é MISTER (necessário), pois a sílaba tônica é a última (TER), por conseguinte, oxítona.



Forte abraço,



Prof. Roberto Alves


Transitividade verbal

Professor Roberto, boa noite!



Reescrevendo a aula de 4ª f, observei que em um dos exemplos sobre substituição de complementos verbais, "Pus o dinheiro no banco", você classificou o verbo como VTD e o complemento "o dinheiro" como OD. A minha dúvida é a seguinte: "no banco" é adjunto adverbial de lugar ou O.I.? Lembrei-me que em uma aula anterior, você mencionou que adj adv é termo acessório e que se o retirarmos da frase, a mesma fica sem sentido ou incompleta. Se retirarmos "no banco" da frase, ela não ficará incompleta? E se "no banco" for O.I, o verbo é VTDI, certo? SOS, SOS, SOS...



Desculpas pelo incômodo e obrigada.



Jurema.

Olá, Jurema!

"no banco" é realmente adjunto adverbial de lugar, que é um termo acessório. Como o próprio nome sugere, acessório é aquilo que, em tese, pode ser retirado sem prejuízo para o entendimento da oração, portanto é o contrário do que você entendeu.

Sendo assim, a análise da oração em destaque fica assim: PUS (VTD) O DINHEIRO (OD) NO BANCO (ADJ.ADV.).

Forte abraço,

Prof. Roberto Alves