Blog destinado à divulgação de exercícios de português e questões de concursos anteriores.
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Recurso à questão 2 - prova SEAP
No terceiro parágrafo do texto, o autor faz a seguinte afirmação: “Como sempre, acho que cabe a cada qual fazer suas próprias escolhas. Mas, já que nem sempre sabemos o que é melhor, convém dar uma espiadela em como pensam aqueles que, de fato, entendem do assunto”. Visto que “aqueles que entendem, de fato, do assunto” estão representados pelo depoimento do médico publicado no referido artigo, citado no quarto parágrafo, há retomada do parágrafo anterior.
Além disso, é preciso considerar que o autor expôs a opinião de quem está, num primeiro momento, no lado dos prolongadores da vida humana e, posteriormente, passaria à condição de paciente terminal, decidido a não ter alongado o sofrimento.
Ademais, não existe preocupação, no texto, por parte dos entrevistados, se a atitude que escolhem é crime ou não, fato que não permite ao leitor compreender a letra B como resposta.
Portanto, como o verbo verificar apresenta como sinônimo corroborar (de acordo com os dicionários eletrônicos Houaiss e www.dicio.com.br), é possível entender como resposta à pergunta feita, na questão mencionada, a opção D, pois o quarto parágrafo, mesmo com a citação de um artigo amplamente divulgado, desenvolve o que foi dito anteriormente pelo autor, ou seja, CORROBORA COM A COERÂNCIA DA DISCUSSÃO PROPOSTA PELO AUTOR.
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32 comentários:
Concordo professor, Parabenizo sua atitude para nos ajudar, mais preciso da anulação desta questão, porque as poucas pessoas que marcaram b como resposta não vão aceitar a mudança de gabarito e vai gerar uma confusaõ, então pedindo a anulação ninguém sai perdendo. Obrigada
Olha, tenho acompanhado as discussões - em vários blogs distintos - quanto a prova aplicada e as questões dúbias.
A minha resposta para a questão 2 foi a opção B (dada como correta no gabarito oficial).
Em nenhum momento considerei outra resposta como correta, mas a questão interpretativa de uma prova é deveras subjetiva, e, respeito aqueles que entendem que a opção correta seria outra, mas acho difícil que a banca examinadora vá modificar este gabarito, no que diz respeito a essa questão.
Já quanto as questões técnicas de informática - muito aprofundadas ou mal formuladas - acho possível que se alcance êxito, ou seja, a anulação das mesmas.
Bill, o esboço de recurso serve como norte aos ex-alunos que me procuraram, questionando se não havia possibilidade de anulação para alguma questão da prova. Como outros colegas haviam considerado em gabarito divulgado na Folha Dirigida a opção D, penso que as respostas devem ser, pelo menos, revistas.
Perdão professor, longe de mim pretender desestimular qualquer pessoa de tentar o recurso cabível. Acho que, caso eu entendesse correta outra resposta, também estaria me preparando para formular a melhor peça plausível.
Observei que, nos gabaritos extraoficiais divulgados, vários – senão todos – indicaram como correta para a primeira questão foi a letra E, sendo que eu havia respondido a letra C – também assinalada como certa pela banca para a questão.
Isso não significa que acertei a prova toda, muito pelo contrário. Mas consegui atingir todos os mínimos necessários para avançar para a fase seguinte. Como são muitas vagas para os homens não cotistas (quinhentas e poucas), espero prosseguir no certame. No mais, desejo sorte à todos.
Não há por que se desculpar, a discussão saudável sempre é válida. Esteja sempre à vontade para expressar seu pensamento. Parabéns pelo bom resultado obtido e boa sorte nas próximas etapas.
Já existe um recurso pronto para a questão 07? Realmente no Edital não informa pronome relativo.
OLHA PRA CÁ.
tudo bem professor.sou Renato fontes, seu aluno na degrau ,queria saber se tem como anular a questão (9) de portugues.ou se tem outra q não seje a de numero (2).
OBRIGADO E NO SEU AGUARDO.
OLHA PRA CÁ.
tudo bem professor.sou Renato fontes, seu aluno na degrau ,queria saber se tem como anular a questão (9) de portugues.ou se tem outra q não seje a de numero (2).
OBRIGADO E NO SEU AGUARDO.
Bom dia,
E com relação a questão 09, o gabarito está correto, afirmando ser (C) a resposta correta?
Não seria (E)?
Bom dia,
e a questão 17 de informática não é (C) a correta?
Pessoal, Estou no ES e não tem como eu fazer este recurso. Pois dependo desta questão para estar no concurso. Assim como eu, desejo sorte a todos. E professor, você foi brilhante ao tentar nos ajudar. Parabéns.
amigos nesse concurso não cabe alteração de gabarito, somente anulação...
Não é necessário constar no edital PRONOME RELATIVO. O fato de aparecerem os assuntos PERÍODO COMPOSTO, COESÃO E COERÊNCIA, CLASSES GRAMATICAIS habilita o examinador a cobrar PRONOME RELATIVO.
Não há outra questão, a meu ver, passível de anulação ou mudança de gabarito. Para falar a verdade, a probabilidade de a banca mudar o gabarito da 2 (ou anulá-la)é muito pequena, por ser essa uma questão de interpretação.
Prof. pode por favor, comentar esse recurso que encontrei na net.
Questão 2
A questão em análise versa sobre interpretação do texto “A boa morte”, especificamente acerca do parágrafo 4º.
No parágrafo 4º, o autor cita um artigo do Doutor Ken Murray, onde esse “sustenta que, embora os médicos apliquem todo tipo de manobra heroica para prolongar a vida de seus pacientes, quando se trata de suas próprias vidas e das de seus entes queridos, eles são bem mais comedidos”.
A questão solicita ao candidato que identifique entre as alternativas propostas, aquela que expressa o objetivo do autor ao proceder à citação do referido artigo. Assim, vejamos.
O artigo foi introduzido no parágrafo 4º, salvo melhor juízo, claramente para demonstrar, corroborar, constatar, ratificar, enfim, “verificar a coerência da discussão proposta pelo autor” do texto, demonstrando a pertinência ou importância do tema, colocada no 1º parágrafo do texto.
A citação do artigo no texto, em momento algum, visa “reforçar proposta de alteração da comissão de juristas”. Na verdade, o autor diz expressamente que o assunto é “importantíssimo e que tende a ficar cada vez mais premente, à medida que a população envelhece e a medicina amplia seu arsenal terapêutico” (linhas 03 à 06). Ora, dizer que o assunto é importante não é o mesmo que dizer que concorda com o teor das alterações propostas acerca do mesmo. Ademais, quando a Respeitável Banca Examinadora considerou como correta a alternativa que dizia que o objetivo do autor foi o de “reforçar proposta de alteração da comissão de juristas” , acabou por gerar uma ambigüidade na interpretação da assertiva, uma vez que a proposta pode ser interpretada pelos candidatos como a alteração proposta pela comissão de juristas ou, como alteração da própria comissão de juristas.
Assim, diante do exposto, a candidata requer a alteração de gabarito de letra B para letra D
OLÁ Professor, entrei em contato com o AUTOR do texto e o mesmo me respondeu que uma vez que o texto não mais o pertença, cada um pode interpretá-lo da maneira que lhe achar conveniente.
Palavras do próprio autor, que se esquivou de defender quaisquer opiniões em relação a recursos.
Agora eu pergunto:
Se o texto não é mais do AUTOR e o mesmo nos disse que cada um interpreta como quiser, por que devemos estar totalmente rendidos as interpretações da CEPERJ como PALAVRA ÚNICA E ABSOLUTA uma vez que a INTERPRETAÇÃO É ALGO SUBJETIVO?
Aliás, não entendo o motivo de cobrarem questões dessas em concursos públicos, quando na verdade o conhecimento técnico da Língua Portuguesa seria muito mais RELEVANTE.
Obrigada pelo texto.
Att.
Luciana Sampaio.
Boa noite professor, ja existiu em algum concurso questão em cima de intepretação de texto anulada?
Conversei com Prof Romulo Bolivar, e o mesmo informou que nenhuma seria possivel ser anulada.
Patrick, o recurso diz a mesma coisa que propus, com outras palavras.
Luciana, é comum examinadores construírem respostas ambíguas para questões de interpretação textual. Na verdade, equívocos podem existir em qualquer questão . Cabe ao candidato ficar atento às possibilidades de interposição de recurso. Nem toda questão que envolve o assunto interpretação de texto é subjetiva, em geral, prevalece a objetividade. Agora, mudar ou não o gabarito vai depender do examinador.
O professor Romulo Bolívar, profissional muito competente, tem razão quando diz que é muito difícil anular questão de interpretação de texto. Mas, para que está por uma, não custa nada tentar.
Já houve prova com interpretação de texto do poeta Carlos Drummond de Andrade, com resposta contrária a do autor. Quanto a candidatos dizerem que é impossível anularem questões... em provas do Degase, SEAP, DESIPE diversas já foram anuladas. Quanto a entendimento 100% de professores?... é questionável... hoje há alunos, meninos, tão evoluídos que constrangem professores em sala de aula. O próprio filósofo Sócrates ao lhe perguntarem o que ele sabia? respondeu - eu só sei que de nada sei. Uma professora na faculdade que eu estudava quis se exibir como sabichona... perguntei-a o gerúndio do verbo vir? respondeu certo: vindo; peguntei o particípio do mesmo verbo? respondeu vido; disse para ela:professora gerúndio é uma ação iniciada e não concluída; vindo está correto. Particípio é uma ação iniciada e concluída; vido está errado professora. Vido além de não ser o particípio do ver vir; é cacófago! desagradável ao ouvido. Particípio do verbo vir professora, é vindo também; ele já havia vindo quando eu cheguei. Logo gerúndio é vindo; e particípio é vindo também. Por sinal palavras homofonas e homógrafas. Sabem o que aconteceu com a professora exibida? largou a faculdade envergonhada. Não quero desmerecer nenhum educador; mas razão e visão não estão nos títulos. Henri Ford com apenas 2º ano ginasial ( antigo )assumiu a empresa falida e tornou-a uma potência. Temos um exemplo de um Presidente operário que melhorou o Brasil para os brasileiros em período de crise mundial; coisa que os sábios economistas não conseguiram. Não desistam turma. Entrei para o Estado via mandado de segurança contra o Estado. Diziam também que eu não ganharia de jeito algum! e hoje estou aposentado, tendo contribuído 37 anos com a providência. Só quem não falha e nem
erra é DEUS. Carlos augusto Nogueira.
Boa tarde Professor Roberto, agradeço pela sua atenção, meu none é Roberta, eu perguntei sobre se já existiu em algum concurso questões anuladas sobre interpretação de texto? e coloquei a opinião do Prof Romulo Bolivar.Fico feliz em ver uma opinião séria tem muito site,blog querendo aparecer de uma forma errada. Agradeço mais uma vez pela sua responsabilidade em instruir de uma maneira correta e sensata os candidatos
Obrigado pelas palavras, Roberta.
Boa noite Professor Roberto, gostaria que o senhor fisesse um comentário sobre a questão nº09,pois há candidatos que afirmam, que a mesma possui duas respostas corretas a C e a E. Desde ja agradeço a atenção
Professor Roberto, se não é preciso constar no edital o PRONOME RELATIVO, então por que o edital esta especificando os PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS ÁTONOS? Desde ja agradeço a atenção.
Anderson, o contrário também poderia ocorrer. A banca poderia citar no edital PRONOMES RELATIVOS e omitir PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS, mas, se constasse no edital CLASSES GRAMATICAIS, os oblíquos poderiam ser cobrados tranquilamente.
Anderson, não o que se contestar na 9. VARIÁVEIS é acentuada por ser paroxítona terminada em DITONGO, bem como HOMICÍDIO. RAZOÁVEL é paroxítona terminada em L.
Mas olha só, variáveis=variável, bem como razoável=razoáveis, ambas tem a mesma regra de acentuação, o que não se aplica a homicídio.
VARIÁVEIS E RAZOÁVEIS - paroxítonas terminadas em ditonho. VARIÁVEL e RAZOÁVEL - paroxítonas terminadas em L. Portanto, são regras diferentes.
ME EXPLIQUE PROFESSOR?
A questão nove não poderá ter como resposta a letra “c”, tendo em vista que deve ser levando em consideração que a palavra homicídio admite dupla prosódia.
Dupla prosódia é expressão encontrada em Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa, p. 59) para designar os vocábulos em que há oscilação no posicionamento da sílaba tônica e que paroxítonos terminados em ditongo crescente poderão também ser classificados como proparoxítonos.
Ou seja, a palavra homicídio pode ser classificada paroxítona ou como proparoxítona ho-mi-cí-dio/ ho-mi-cí-di-o. Essas palavras são chamadas também como proparoxítonos aparentes, ou paroxítonos terminados em ditongo crescente, como água, cárie, lírio, nódoa, rédea, séria, etc..
O acento gráfico também se justifica por razões prosódicas, pois a sílaba tônica pode incidir antes do encontro vocálico final ou na primeira vogal (ou semivogal) dele: contínuo : continuo, mágoa : magoa, mínguas : minguas, secretária : secretaria, silêncio : silencio, etc.
E ainda em “BECHARA, Evanildo. O que muda com o novo Acordo Ortográfico. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008”, Bechara afirma que são acentuadas as chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam vogais abertas ou fechadas na sílaba tônica grafadas a, e, o e ainda i, u, ou ditongo oral que terminam por sequências vocálicas pós-tônicas consideradas, na prática corrente, como ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; étero, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo; amêndoa, argênteo; côdea, Islândia, Mântua, serôdio.
Se levarmos em consideração que homicídio é uma paroxítona a regra de acentuação é uma, enquanto se consideramos homicídio como proparoxítona a regra de acentuação evidentemente é outra.
Sendo assim, não podemos afirmar que a palavra homicídio “atende exatamente” o mesmo critério de acentuação da palavra “variáveis”, pois, em “homicídio” o acento pode ser justificado pela regra das proparoxítonas ou das proparoxítonas uma vez que ela admite a dupla prosódia conforme nos ensina Evanildo Bechara em sua gramática.
Outro argumento não menos importante é o que é exposto abaixo, retirado da gramática ( Moderna Gramática Portuguesa) ( autor: Evanildo Bechara. ) (pag.52)
....
Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em i(s), us, um, uns,ão(s),ã(s), ei(s), os.Exs.:Em i(s): beribéri, tênis, grátis, etc.
Em us: bônus, vírus, múnus, etc
.Em um:álbum, médium, etc.
Em uns:álbuns, médiuns, etc.
Em ão(s):órfão, sótãos, etc.
Emã(s):órfã, irmã, etc.
Em ei(s): afáveis, louváveis, etc.
Em ps: fórceps, bíceps, etc.
4. Vocábulos Paroxítonos:
Devem ser acentuados os vocábulos paroxítonos terminados em encontros vocálicos átonos seguidos ou ñ de s tais encontros vocálicos são ditongos crescentes: ea(s), eo(s), ia(s), ie(s),io(o), ao(s), ua(s), e(s), uo(s).Exs.:
Em ea(s):álea, côdeas, etc.
Em io(s): colégio, pátios, etc.
Em eo(s): argênteo, terráqueos, etc.
Em ia(s):ânsia, vitórias, etc.
Em ie(s): calvície, espécie, etc.
Em oa(s): amêndoa, ágoas, etc.
Em ua(s):água, espáduas, etc
......
Percebam que mesmo considerando que homicídio seja simplesmente uma paroxítona há mais de uma regra que se justifique o uso do acento. Desta forma mais uma vez, em homicídio a regra de acentuação “não atende exatamente os mesmos critérios” da palavra variáveis.
Diante do exposto, requeiro a anulação da referida questão.
Nil, mas o gabarito da 9 é a letra C, não?
A desorganização resultou em que vazasse o gabarito.A prova da SEAP 2012 foi a mesma,a banca não usou o critério de cor,facilitando o vazamento do gabarito.Isso é uma vergonha!!!
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